Os tumores cerebrais podem ser primários quando surgem primariamente no cérebro, ou secundários quando se originam de outros locais do corpo, os tumores secundários são chamados de metástases. As metástases são os tumores cerebrais mais comuns e as principais origens são mama, pulmão, rins, melanoma e cólon.
Os tumores cerebrais podem ser malignos ou benignos, porém mesmo os tumores benignos podem ter uma evolução ruim e agressiva dependendo da sua localização intracerebral. Existem áreas no cérebro muito importantes, chamadas de áreas eloquentes, estas são as áreas da fala, do movimento, da memória, da audição e da visão por exemplo. A presença de tumores nas áreas eloquentes são um desafio para os neurocirurgiões, visto que o objetivo da cirurgia é a retirada do máximo de lesão com o mínimo de dano neurológico.
Os sintomas muitas vezes dependem da localização no cérebro e do tipo de tumor, dentre os principais estão:
Tumor originado das meninges, que são camadas que revestem o tecido cerebral. O meningeoma se origina da aracnoide. São mais comuns em mulheres, na maioria das vezes benignos e a radioterapia é um fator de risco para os desenvolvimentos desses tumores.
Podem ser de baixo ou de alto grau, entre os subtipos temos astrocitoma e oligodentroglioma. O tumor mais agressivo desse grupo é o glioblastoma, tumor agressivos de prognostico reservado.
Tumor benigno originado na hipófise, uma glândula localizada no cérebro que esta envolvida na produção e controle da liberação de hormônios como a prolactina. Nos adenomas secretores de prolactina pode ser feito tratamento clinico com cabergolina sem necessidade de cirurgia.
Tumor benigno de origem em um nervo intracraniano, sem manifesta comumente com vertigem e perda auditiva.
A maioria dos tumores cranianos tem indicação de remoção cirúrgica. O neurocirurgião deve estar apto a realizar a abordagem com ressecção máxima de tumor possível com o menor prejuízo neurológico possível. Na maioria das vezes são cirurgias longas em que o paciente deve passar por um pós-operatório na unidade de terapia intensiva. Toda a equipe deve estar preparada e capacitada desde cirurgião, anestesista e intensivistas que realizaram o cuidado pós-operatório.
Alguns tipos de tumores devem receber tratamento complementar com radioterapia ou quimioterapia. Existe também a radiocirurgia para tratamento de lesões cerebrais.
A quimioterapia é o tipo de tratamento que consiste na aplicação de medicamentos diretamente na veia, através de um cateter, com objetivo de destruir as células tumorais que estão provocando o tumor cerebral. Os medicamentos mais utilizados para estes casos são a carmustina e a temozolomida, que também pode ser usada na forma de comprimidos.
A radioterapia é usada para tratar o tumor cerebral através da aplicação direta de feixes de radiação emitidos por uma máquina específica, chamada de acelerador linear, que é parecida uma máquina que realiza tomografia e ressonância magnética. Estes feixes de radiação agem diretamente no local do tumor, matando as células cancerosas, ajudando a reduzir e a eliminar o tumor cerebral.
É uma técnica que serve para tratar tumores pequenos localizados no cérebro ou no sistema nervoso central. O procedimento não é invasivo, e conta com altas doses de radiação enquanto minimiza a exposição ou acometimento dos tecidos sadios ou estruturas importantes próximas da região do alvo do tratamento. Também é usado em outras situações como o tratamento de malformações arteriovenosas cerebrais.
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